E nesta última noite/madrugada foi realizada a cerimônia de entrega da 66 ª edição do Globo de Ouro, prêmio dado pela Associação Internacional de Críticos de Hollywood. Sem enrolação, vamos logo aos destaques.
O filme papa-prêmios da noite foi “Slumdog Millionaire”, longa dirigido por Danny Boyle que promove uma espécie de fusão entre a indústria de Hollywood e de Bollywood, a incrível fábrica de filmes indiana. Além de melhor filme na categoria drama, ele ainda levou os prêmios de roteiro, trilha sonora e diretor. É bom dizer que esta produção vem sendo elogiada de forma quase unânime pela crítica (Rubens Ewald Filho, que estava na transmissão pelo canal TNT, fez vários elogios) e trata de um adolescente que se torna milionário vencendo um game show no melhor estilo “Show do Milhão” e depois parte em busca de seu grande amor.
Outro destaque foi Kate Winslet. A atriz britânica, já acostumada a concorrer a muitos prêmios anualmente e nunca levar nada, desta vez foi agraciada com duas láureas na mesma noite. Levou melhor atriz coadjuvante por “The Reader”, drama sobre o holocausto, e melhor atriz–drama por “Apenas Um Sonho”, em que contracena com Leonardo Di Caprio (a volta do casal “titânico”), sendo dirigida por seu marido Sam Mendes. Na categoria de coadjuvante ela acabou derrubando a favorita Penélope Cruz, que já vinha colecionando vários prêmios por sua atuação em “Vicky Cristina Barcelona”. Contudo, o filme de Woody Allen (que não deu as caras, como de hábito) acabou vencendo na categoria melhor filme comédia ou musical (muito justo, é bom dizer. Resenha neste blog).
Mickey Rourke foi agraciado com o prêmio de melhor ator-drama por sua interpretação em “O Lutador”, filme vencedor do último Festival de Veneza. Esse prêmio era até esperado, pois Rourke vem sendo elogiado de forma quase unânime por essa atuação na pele de um lutador de luta-livre que procura sair do esquecimento em que caiu devido a um problema no coração. Eu digo “quase” porque o Rubens, devido à sua implicância pessoal com o ator, não gostou da premiação. “O Lutador” acabou levando também o prêmio de melhor canção, composta por ninguém menos que Bruce Springsteen.
Steven Spielberg recebeu o prêmio Cecil B. DeMille em homenagem à sua carreira. A entrega foi anunciada por seu amigo Martin Scorsese e o mais legal de uma homenagem a Spielberg é que conhecemos todos os filmes que vão sendo exibidos naqueles vídeos editados como um resumo das produções do homenageado. Desde “Encurralado” até “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” não faltou quase nada. E o discurso de agradecimento dele foi bem interessante.
Para concluir os destaques da noite, Heath Ledger levou mesmo prêmio de melhor ator coadjuvante pelo seu inesquecível Coringa em “Batman – O Cavaleiro das Trevas”(aplaudido de pé, sendo a estatueta recebida por Chris Nolan). Este Globo de Ouro acaba tendo dois significados: 1) Ledger se torna forte concorrente também ao Oscar; 2) “O Cavaleiro das Trevas” catapultou realmente os filmes de super-heróis ao status de “filmes sérios”, e não apenas de mero entretenimento. Nada mais justo.
Abaixo, segue a lista completa da premiação relativa a cinema (vencedores em negrito). Se quiserem saber sobre TV, procurem em outro lugar.
O filme papa-prêmios da noite foi “Slumdog Millionaire”, longa dirigido por Danny Boyle que promove uma espécie de fusão entre a indústria de Hollywood e de Bollywood, a incrível fábrica de filmes indiana. Além de melhor filme na categoria drama, ele ainda levou os prêmios de roteiro, trilha sonora e diretor. É bom dizer que esta produção vem sendo elogiada de forma quase unânime pela crítica (Rubens Ewald Filho, que estava na transmissão pelo canal TNT, fez vários elogios) e trata de um adolescente que se torna milionário vencendo um game show no melhor estilo “Show do Milhão” e depois parte em busca de seu grande amor.
Outro destaque foi Kate Winslet. A atriz britânica, já acostumada a concorrer a muitos prêmios anualmente e nunca levar nada, desta vez foi agraciada com duas láureas na mesma noite. Levou melhor atriz coadjuvante por “The Reader”, drama sobre o holocausto, e melhor atriz–drama por “Apenas Um Sonho”, em que contracena com Leonardo Di Caprio (a volta do casal “titânico”), sendo dirigida por seu marido Sam Mendes. Na categoria de coadjuvante ela acabou derrubando a favorita Penélope Cruz, que já vinha colecionando vários prêmios por sua atuação em “Vicky Cristina Barcelona”. Contudo, o filme de Woody Allen (que não deu as caras, como de hábito) acabou vencendo na categoria melhor filme comédia ou musical (muito justo, é bom dizer. Resenha neste blog).
Mickey Rourke foi agraciado com o prêmio de melhor ator-drama por sua interpretação em “O Lutador”, filme vencedor do último Festival de Veneza. Esse prêmio era até esperado, pois Rourke vem sendo elogiado de forma quase unânime por essa atuação na pele de um lutador de luta-livre que procura sair do esquecimento em que caiu devido a um problema no coração. Eu digo “quase” porque o Rubens, devido à sua implicância pessoal com o ator, não gostou da premiação. “O Lutador” acabou levando também o prêmio de melhor canção, composta por ninguém menos que Bruce Springsteen.
Steven Spielberg recebeu o prêmio Cecil B. DeMille em homenagem à sua carreira. A entrega foi anunciada por seu amigo Martin Scorsese e o mais legal de uma homenagem a Spielberg é que conhecemos todos os filmes que vão sendo exibidos naqueles vídeos editados como um resumo das produções do homenageado. Desde “Encurralado” até “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” não faltou quase nada. E o discurso de agradecimento dele foi bem interessante.
Para concluir os destaques da noite, Heath Ledger levou mesmo prêmio de melhor ator coadjuvante pelo seu inesquecível Coringa em “Batman – O Cavaleiro das Trevas”(aplaudido de pé, sendo a estatueta recebida por Chris Nolan). Este Globo de Ouro acaba tendo dois significados: 1) Ledger se torna forte concorrente também ao Oscar; 2) “O Cavaleiro das Trevas” catapultou realmente os filmes de super-heróis ao status de “filmes sérios”, e não apenas de mero entretenimento. Nada mais justo.
Abaixo, segue a lista completa da premiação relativa a cinema (vencedores em negrito). Se quiserem saber sobre TV, procurem em outro lugar.
Melhor filme - Drama
Slumdog Millionaire
Apenas um Sonho
O Curioso Caso de Benjamin Button
Frost/Nixon
The Reader
Melhor filme - Comédia ou musical
Vicky Cristina Barcelona
Na Mira do Chefe
Mamma Mia!
Queime Depois de Ler
Simplesmente Feliz
Melhor diretor
Danny Boyle (Slumdog Millionaire)
Stephen Daldry (The Reader)
David Fincher (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Ron Howard (Frost/Nixon)
Sam Mendes (Apenas um Sonho)
Melhor atriz (drama)
Kate Winslet (Apenas um Sonho)
Anne Hathaway (O Casamento de Rachel)
Angelina Jolie (A Troca)
Kristin Scott Thomas (Il y a Longtemps que je T'aime)
Meryl Streep (Dúvida)
Melhor ator (drama)
Mickey Rourke (O Lutador)
Leonardo DiCaprio (Apenas um Sonho)
Frank Langella (Frost/Nixon)
Sean Penn (Milk – A Voz da Igualdade)
Brad Pitt (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Melhor atriz (comédia ou musical)
Sally Hawkins (Simplesmente Feliz)
Rebecca Hall (Vicky Cristina Barcelona)
Frances McDormand (Queime Depois de Ler)
Meryl Streep (Mamma Mia!)
Emma Thompson (Last Chance Harvey)
Melhor ator (comédia ou musical)
Colin Farrell (Na Mira do Chefe) - Sim, o Collin Farrell ganhou...
Javier Barden (Vicky Cristina Barcelona)
James Franco (Segurando as Pontas)
Brendan Gleeson (Na Mira do Chefe)
Dustin Hoffman (Last Chance Harvey)
Melhor filme estrangeiro
Waltz with Bashir (Israel)
The Baader Meinhoff Complex (Alemanha)
Everlasting Moments (Suécia)
Gomorra (Itália)
Il y a longtemps que je t’aime (França)
Melhor filme de animação
Wall-E - Maior barbada da noite, covenhamos.
Bolt - Supercão
Kung Fu Panda
Melhor atriz coadjuvante
Kate Winslet (The Reader)
Amy Adams (Dúvida)
Penelope Cruz (Vicky Cristina Barcelona)
Viola Davis (Dúvida)
Marisa Tomei (The Wrestler)
Melhor ator coadjuvante
Heath Ledger (Batman – O Cavaleiro das Trevas)
Tom Cruise (Trovão Tropical)
Robert Downey Jr. (Trovão Tropical)
Ralph Fiennes (A Duquesa)
Phillip Seymour Hoffman (Dúvida)
Melhor roteiro
Slumdog Millionaire
O Curioso Caso de Benjamin Button
Dúvida
Frost/Nixon
The Reader
Melhor trilha sonora
Slumdog Millionaire
O Curioso Caso de Benjamin Button
Defiance
Frost/Nixon
A Troca
Melhor canção
O Lutador - “The Wrestler”, de Bruce Springsteen
Bolt - Supercão
Cadillac Records
Gran Torino
Wall-E
4 comentários:
"Se quiserem saber sobre TV, procurem em outro lugar". Hahahahahahahaha
Cara, atualmente eu acho as séries de televisão muito melhores que os filmes...
Foi muito jóia o Globo de Ouro. Quero ver The Wrestler e Benjamin Button. Foda que muitos desses filmes vão direto pra DVD.
Tu tá ligado aquela hora que o Borat foi apresentar um prêmio? Tu sabe o que ele falou? Aquela dubladora estúpida não calava a boca, não consegui escutar as piadas, mas pareceram boas.
E aí, Peru? Beleza?
Bem, a única coisa que eu consegui entender do que o Sacha disse foi que a piada era com Madonna e Guy Ritchie. O pior de tudo é que a tradutora era péssima. Nem permitia ouvirmos o original, nem traduzia de forma decente. Ela se atrapalhava toda e não dizia coisa com coisa. Quando o Spielberg estava discursando, então, foi ridículo. Ouvi claramente ele falando que David Lean estava entre as suas referências, mas ela simplesmente omitiu isso da "dublagem". O pior é que teremos que acompanhar o SAG e o Oscar dessa forma tosca.
Quanto à questão da TV: eu admito que tenho um certo preconceito com produções televisivas, mas também uma coisa posso afirmar: jamais veremos obras como "A Doce Vida" e "2001 - Uma Odisséia no Espaço" em produções saídas da televisão, pode ter certeza disso. A simbiose com o grande público é muito mais forte na televisão.
Tb tenho preconceito com filmes feitos pra TV.
Mas muitas miniséries recentes são boas(como Band Of Brothers e Angels In America - última atuação decente do Al Pacino) e as séries de drama e comédia estão muito melhores que as produções do gênero em Hollywood.
O Rubens Ewald Filho tb falou um monte de merda nas traduções, a pior foi quando ele confundiu um negão lá com o Isaiah Washington, que saiu de Gray's Anatomy por questões de homofobia.
O Rubens é outro que não sabe traduzir, além de outras grandes besteiras que ele fala nas transmissões. Tudo bem que aquelas "ah, essa é feia" até soam angraçadas, mas covenhamos que soam pouco profissionais, uma vez que esses prêmios não são concurso de miss. Além de suas implicâncias pessoais com certas figuras, como o Rourke.
Com relação às comédias, admito que são melhores mesmo, até porque Hollywood chegou ao fundo do poço nesse gênero. São lançadas umas 50 porcarias no gênero para aparecer um "Vicky Cristina Barcelona" ou mesmo um "Juno".
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