Nestes últimos tempos cinematográficos, temos visto a ascensão de um novo* formato de captação e projeção de imagens: a tecnologia 3D. Principalmente depois do estrondo bilionário de “Avatar”, a exibição de filmes em 3D tornou-se a epidemia que parece ter mais força que a gripe H1N1. Mesmo longas que não foram concebidos neste formato, como “Alice no País das Maravilhas”, de Tim Burton, acabam passando por processos de “conversão”, ansioso por abocanhar bilheterias maiores, afinal, mesmo que o público pagante não supere aquele que seria alcançado caso o filme fosse exibido no formato convencional, a renda obtida acaba sendo mais expressiva, pois que os ingressos das salas 3D são significativamente mais caros (para não dizer extorsivos).
Neste último fim de semana, tivemos a estreia no Brasil de “Fúria de Titãs”. Ainda não conferi esta nova versão para o clássico da Sessão da Tarde (que vi repetidas vezes, claro), mas, pelo que se percebe das críticas que já tive a oportunidade de ler, o seu 3D é tosco, de péssima qualidade, o que me leva a pensar até onde irá essa nova onda.
Eu, por duas vezes, paguei o estapafúrdio preço de uma sala 3D. O citados “Avatar” e “Alice” foram os filmes assistidos. E, sendo bem sincero, a experiência “tridimensional” resultou bem menos impactante do que o esperado. Em nenhum dos dois casos o filme pareceu melhor por ser em 3D. No que diz respeito ao longa de James Cameron, afirmo com toda convicção que o formato se presta muito mais a disfarçar a fraqueza de seu roteiro, uma espécie de “Dança Com Lobos Alien”, do que a qualquer outra coisa. Afinal, quanto mais distrações na tela, menor a atenção ao texto. Isso me faz lembrar de “Titanic”, o filme anterior de Cameron, o qual, sem precisar desta muleta tecnológica, me causou muito mais impacto e emoção na sala escura (talvez porque tivesse atores talentosíssimos como protagonistas e não pixels azuis atuando).
E deixo aqui a pergunta: será mesmo que o 3D trará de volta aos cinemas o público perdido para os DVDs e Blu-Rays em TVs de alta resolução, além dos downloads e canais por assinatura? Ou será que, quando a novidade passar, a moda vai esfriar? Pelo menos pra mim, já esfriou. Provavelmente, nem tão cedo voltarei a pagar um ingresso caríssimo apenas para conferir um longa no tal formato “revolucionário”.
Bem, nesses tempos de Copa do Mundo já estão anunciando a transmissão dos jogos em 3D. Fico imaginando como deve ser chato ver um jogo de futebol com aqueles óculos no rosto... Ou será que o chato sou eu?
* Não é tão novo assim. Para se ter ideia, Alfred Hitchcock utilizou o recurso em “Disque M Para Matar”, nos já distantes anos 50...
Neste último fim de semana, tivemos a estreia no Brasil de “Fúria de Titãs”. Ainda não conferi esta nova versão para o clássico da Sessão da Tarde (que vi repetidas vezes, claro), mas, pelo que se percebe das críticas que já tive a oportunidade de ler, o seu 3D é tosco, de péssima qualidade, o que me leva a pensar até onde irá essa nova onda.
Eu, por duas vezes, paguei o estapafúrdio preço de uma sala 3D. O citados “Avatar” e “Alice” foram os filmes assistidos. E, sendo bem sincero, a experiência “tridimensional” resultou bem menos impactante do que o esperado. Em nenhum dos dois casos o filme pareceu melhor por ser em 3D. No que diz respeito ao longa de James Cameron, afirmo com toda convicção que o formato se presta muito mais a disfarçar a fraqueza de seu roteiro, uma espécie de “Dança Com Lobos Alien”, do que a qualquer outra coisa. Afinal, quanto mais distrações na tela, menor a atenção ao texto. Isso me faz lembrar de “Titanic”, o filme anterior de Cameron, o qual, sem precisar desta muleta tecnológica, me causou muito mais impacto e emoção na sala escura (talvez porque tivesse atores talentosíssimos como protagonistas e não pixels azuis atuando).
E deixo aqui a pergunta: será mesmo que o 3D trará de volta aos cinemas o público perdido para os DVDs e Blu-Rays em TVs de alta resolução, além dos downloads e canais por assinatura? Ou será que, quando a novidade passar, a moda vai esfriar? Pelo menos pra mim, já esfriou. Provavelmente, nem tão cedo voltarei a pagar um ingresso caríssimo apenas para conferir um longa no tal formato “revolucionário”.
Bem, nesses tempos de Copa do Mundo já estão anunciando a transmissão dos jogos em 3D. Fico imaginando como deve ser chato ver um jogo de futebol com aqueles óculos no rosto... Ou será que o chato sou eu?
* Não é tão novo assim. Para se ter ideia, Alfred Hitchcock utilizou o recurso em “Disque M Para Matar”, nos já distantes anos 50...
2 comentários:
Com certeza, chato e esquecido é o cinema comercial americano, que utilizava em excesso o tal recurso 3D nos anos 70 e 80 para produções bizarras e de má qualidade intelectual. Não paguei e não vou pagar para ver um filme em 3D, para ser sincero, nenhum dos filmes sucesso no formato eram grandes coisas e nem terá algum filme que acrescente algo nesse formato, e garanto que embora Hitchcock tenha o utilizado o filme não dependia de distração porque além do enredo amarrado tinhamos Grace Kelly em cena, não precisa de melhor distração.
Agora imagine um filme do Godard em 3D...
Hahahhahahaha! Condordo, Rodrigo. Godard em 3D? Nada mais surreal...
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