domingo, 23 de maio de 2010

Cannes 2010 - Premiados


Saiu a premiação de Cannes!
"Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives", do cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul (dá para pronunciar isso?), foi o grande vencedor da Palma de Ouro do 63º Festival de Cannes, anunciada agora há pouco (na imagem acima, uma cena do filme). No longa com tons fantásticos, um homem à beira da morte procura se cercar das pessoas queridas, inclusive das mortas, para se despedir da vida em sua fazenda no interior da Tailândia. Elementos como espíritos, inclusive na forma de animais (macacos mais precisamente), fazem parte do longa-metragem. “Este é como outro mundo para mim, é meio surreal”, disse o diretor. “Acho que é um momento importante para o cinema tailandês. O prêmio é para vocês. Gostaria de beijar todos vocês do júri, principalmente Tim Burton porque gosto de seu corte de cabelo.”


O francês "Des Hommes Et des Dieux", dirigido por Xavier Beauvois, recebeu o Grad Prix, uma espécie de segundo lugar. Ele agradeceu a cada um dos frades e atores que o interpretaram no filme. O cineasta levou uma plaquinha pedindo a liberade do cineasta iraniano Jafar Panahi. Já o prêmio do júri ficou com "Un Homme qui Crie", de Mahamat-Saleh Haroun, do Chade.

O cineasta e ator francês Mathieu Amalric foi eleito o melhor diretor, por "Tournée". Dois atores dividiram o prêmio de melhor ator. O espanhol Javier Bardem levou o troféu pelo filme "Biutiful", de Alejandro González Iñárritu. Ele agradeceu à mãe e aos irmãos e todos os atores do elenco. “Eu não ganharia esse prêmio se não fosse por Alejandro. Ele é um diretor que melhora o trabalho de um ator. Sou agradecido por sua confiança.” Ele ainda causou comoção ao dedicar a Penélope Cruz, em espanhol: “Compartilho essa alegria com minha amiga, minha companheira, meu amor”.



O italiano Elio Germano, de "La Nostra Vita", também foi premiado na mesma categoria. Ele encontrou Javier Bardem e fez uma saudação. “Quero agradecer de coração o diretor Daniele Luchetti”, disse. “Quero dedicar esse prêmio a Itália e aos italianos que fazem de tudo para fazer da Itália um país melhor, não obstante nossa classe dirigente”, referindo-se, de forma clara, a Silvio Berlusconi.

A francesa Juliette Binoche ganhou o prêmio de melhor atriz por seu trabalho no longa-metragem "Copie Conforme", do iraniano Abbas Kiarostami. “Que alegria, que alegria, que alegria trabalhar com você, Abbas”, disse Juliette, bastante emocionada. “Agradeço à minha mãe que me criou sozinha e a meu pai que perdoei. Eu amo vocês. E agradeço do fundo do coração aos homens que me amaram e me suportaram. Um dia, eu vou me casar”, completou. E puxou uma plaquinha com o nome de Jafar Panahi e pediu a libertação do cineasta iraniano. Não é por nada não, mas a ficou um gosto de "marmelada", pois Binoche já estava até no poster promocional do evento este ano... Por fim, o prêmio de roteiro foi para o sul-coreano Poetry, de Lee Chang-dong.



O júri da competição oficial do 63º Festival de Cannes foi presidido pelo cineasta norte-americano Tim Burton e formado pela atriz inglesa Kate Beckinsale, pela atriz italiana Giovanna Mezzogiorno, pelo diretor do Museu Nacional de Cinema na Itália Alberto Barbera, pelo roteirista e diretor francês Emmanuel Carrere, pelo ator porto-riquenho Benicio Del Toro, pelo diretor espanhol Victor Erice, pelo diretor, ator e produtor indiano Shekhar Kapur e pelo compositor francês Alexander Desplat.

A comédia "Ha Ha Ha", de Hong Sangsoo, foi a grande vencedora da mostra Un Certain Regard. Entregue ainda ontem, sábado (22/5), pela cineasta francesa Claire Denis, presidente do júri da mostra.

O diretor Michael Rowe, do México, levou a Caméra D’Or, dada ao melhor estreante entre todas as mostras oficiais e paralelas em Cannes, pelo filme "Año Bisiesto", exibido na Quinzena dos Realizadores. O júri era presidido pelo ator e diretor mexicano Gael García Bernal.

A Palma de Ouro de melhor curta-metragem foi para o francês "Chienne D’Histoire", de Serge Avédikian. O brasileiro "Estação", de Márcia Faria, concorria nesta categoria. O curta-metragem Micky Bader, de Frida Kempf, levou um prêmio do júri em sua categoria. O júri foi presidido pelo cineasta canadense Atom Egoyan e formado pelo diretor brasileiro Cacá Diegues, a atriz francesa Emmanuelle Devos, a atriz russa Dinara Droukarova e o diretor espanhol Marc Recha.

É isso aí! Ano que vem tem mais!
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