domingo, 20 de maio de 2012

Curtindo o Curta #4


O mundo dos curtas de animação vai bem além daqueles produzidos pela Pixar e exibidos juntamente com seus longas. Um belo exemplo é este "A Casa de Pequenos Cubinhos" (Tsumiki no ie, 2008), do diretor japonês Kunio Kato, o qual destronou o referido estúdio estadunidense no Oscar de 2009, levando o prêmio na respectiva categoria (a Pixar concorria com o também ótimo "Presto"). É difícil condensar emoções em pouco tempo, mas Kato conseguiu a proeza de fazer refletir e comover em apenas 12 minutos neste filme que mostra um homem idoso que mora em uma cidade praiana. Ao longo do tempo, o nível da água vai aumentando e, desta forma, ele tem que erguer ainda mais sua moradia, levantada tijolo por tijolo. Certo dia, ao realizar a mudança dos seus móveis para a parte acima do nível da água, seu cachimbo favorito cai da boca e vai parar no fundo do mar. A partir daí, decidido a recuperar o querido cachimbo, o idoso compra uma roupa de mergulho e vai de encontro às lembranças de sua vida, que se apresentam lenta e nostalgicamente nos níveis inferiores e submersos de sua casa. O curta é de uma sensibilidade ímpar e, além de tecer um bela metáfora sobre a vida e a passagem do tempo, de quebra ainda deixa um comentário sobre os efeitos das alterações climáticas em nosso planeta. Veja abaixo. Garanto que " A Casa de Pequenos Cubinhos" ficará na sua memória.


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5 comentários:

Unknown disse...

Acabei de ver, realmente é lindo Fábio. Trabalho especial esse que vc faz com curtas. Parabéns.

Rafael W. disse...

Uma experiência pequena, mas de forte impacto emocional e nostálgico. Lindissimo!

http://eaicinefilocadevoce.blogspot.com.br/

Maxwell Soares disse...

Olá, Fábio. Acabei de ler teu texto e ver o vídeo. Muito bom, cara. O curta é excelente,mesmo. Emocionante. 12 minutos de pura graça. Valeu por compartilhar conosco. Um abraço...

Unknown disse...

Ótima escolha de curta metragem, muito bom. Realmente mereceu o Oscar que ganhou!

http://monteolimpoblog.blogspot.com.br/

ANTONIO NAHUD disse...

Muito bom. Gostei.

O Falcão Maltês