E foram entregues neste sábado, 14/02, os prêmios da 59ª edição do Festival de Berlim. O vencedor do Urso de Ouro foi "La Teta Asustada", filme peruano sobre a violência perpetrada às mulheres durante os períodos de conturbação política no país. O título se refere à crença popular de que os filhos de mulheres estupradas no Peru cresceram assustados porque estas lhes davam o peito para mamar. A diretora (essa beldade aí ao lado) é Claudia Llosa (não me perguntem se ela tem parentesco com o Mario Vargas Llosa), a qual dedicou o prêmio ao Peru. Será que há uma tendência da Berlinalle em premiar filmes latino-americanos, já que no ano passado tivemos o nosso "Tropa de Elite" com o Urso de Ouro? A pergunta soa ainda mais pertinente se lavarmos em consideração que o Grande Prêmio do Júri foi para "Gigante", do argentino Adrián Biniez, juntamente com "Alle anderen", do alemão Maren Ade. Segue abaixo a lista completa de premiados:
Urso de Ouro: "La Teta asustada", de Claudia Llosa, uma co-produção de Peru e Espanha
Prêmio Especial do Júri: "Gigante", de Adrián Biniez, uma co-produção de Uruguai, Alemanha, Argentina e Holanda; e "Alle Anderen", de Maren Ade, da Alemanha.
Urso de Prata de melhor diretor: Asghar Farhadi, por "Darbareye Elly", do Irã.
Urso de Prata de melhor ator: Sotigui Kouyaté, por "London River", do Reino Unido.
Urso de Prata de melhor atriz: Birgit Minichmayr por "Alle Anderen", de Maren Ade, da Alemanha.
Urso de Prata de melhor roteiro: "The Messenger", de Oren Moverman e Alessandro Camon, dos Estados Unidos.
Prêmio Alfred Bauer: "Gigante", de Adrián Biniez, de Uruguai, Alemanha, Argentina e Holanda, e "Tatarak", de Andrzej Wajda, da Polônia.
Prêmio de melhor estreia: "Gigante", Adrián Biniez, de Uruguai, Alemanha, Argentina e Holanda.
Urso de Ouro de melhor curta-metragem: "Please Say Something", de David O'Reilly, da Irlanda.
Urso de Cristal ao Cinema Juvenil Generation 12plus: "My Suicide", de David Lee Miller, dos Estados Unidos.
Urso de Cristal ao Cinema Infantil Generation Kplus: "C'est pas moi, je le jure!", de Philippe Falardeau, do Canadá.
Prêmio Caligari da seção Fórum: "Ai no mukidashi" ("Love Exposure"), de Sono Sion, do Japão.
Prêmio do Público da seção Panorama: "The Yes Men Fix the World", de Mike Bonanno, Andy Bichlbaum e Kurt Engfehr, dos Estados Unidos.
Prêmio Teddy ao cinema homossexual: "Rabioso sol, rabioso cielo", de Julián Hernández, do México.
Prêmio C.I.A.C. (Confederação Internacional de Cinema de Arte e Ensaio): "Ander", de Roberto Castón, da Espanha.
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