domingo, 27 de maio de 2012

Cannes premia Haneke (de novo)


Já está virando barbada apostar em Michael Haneke para levar a Palma de Ouro no festival de Cannes. Três anos depois de levar o prêmio por a "A Fita Branca", ele agora foi novamente agraciado por "Amour", seu mais recente trabalho, o qual teve a premiére durante o festival de 2012. O longa narra a vida de um casal de idosos onde o marido tem de cuidar da esposa depois que esta sofre um derrame. Aparentemente, este foge um pouco do estilo Haneke de filmar, já que ele é muito dado a umas violências. Mas, como disse, só posso falar pela aparência, já que não tive o prazer de vê-lo na sala Lumiére. Pena que " Na Estrada", a co-prudução França-Brasil ditigida por Walter Salles não tenha levado nada. Segue abaixo a lista de premiados do júri presidido por Nanni Moretti.


Palma de Ouro

“Amour”, de Michael Haneke (França)

(com menção aos atores Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva)

Grande Prêmio do Júri

“Reality”, de Matteo Garrone (Itália)

Melhor Atriz

Cosmina Stratan e Cristina Flutur, por “Dupã Dealuri”, de Cristian Mungiu (Romênia)

Melhor Ator

Mads Mikkelsen (o vilão Le Chiffre de "007 - Cassino Royale", lembram?) , por “Jagten” (A Caça), de Thomas Vinterberg (Dinamarca)

Melhor Diretor

Carlos Reygadas, por “Post Tenebras Lux” (México)

Melhor Roteiro

“Dupã Dealuri” (Além das Colinas), de Cristian Mungiu (Romênia)

Prêmio do Júri

“The Angel’s Share”, de Ken Loach (Reino Unido)

Caméra d’Or – melhor filme de diretor estreante

“Beasts of the Southern Wild”, de Behn Zeitlin (EUA)

Melhor curta-metragem

“Silêncio”, de L. Rezan Yesilbas (Turquia)


domingo, 20 de maio de 2012

Curtindo o Curta #4


O mundo dos curtas de animação vai bem além daqueles produzidos pela Pixar e exibidos juntamente com seus longas. Um belo exemplo é este "A Casa de Pequenos Cubinhos" (Tsumiki no ie, 2008), do diretor japonês Kunio Kato, o qual destronou o referido estúdio estadunidense no Oscar de 2009, levando o prêmio na respectiva categoria (a Pixar concorria com o também ótimo "Presto"). É difícil condensar emoções em pouco tempo, mas Kato conseguiu a proeza de fazer refletir e comover em apenas 12 minutos neste filme que mostra um homem idoso que mora em uma cidade praiana. Ao longo do tempo, o nível da água vai aumentando e, desta forma, ele tem que erguer ainda mais sua moradia, levantada tijolo por tijolo. Certo dia, ao realizar a mudança dos seus móveis para a parte acima do nível da água, seu cachimbo favorito cai da boca e vai parar no fundo do mar. A partir daí, decidido a recuperar o querido cachimbo, o idoso compra uma roupa de mergulho e vai de encontro às lembranças de sua vida, que se apresentam lenta e nostalgicamente nos níveis inferiores e submersos de sua casa. O curta é de uma sensibilidade ímpar e, além de tecer um bela metáfora sobre a vida e a passagem do tempo, de quebra ainda deixa um comentário sobre os efeitos das alterações climáticas em nosso planeta. Veja abaixo. Garanto que " A Casa de Pequenos Cubinhos" ficará na sua memória.


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Filmes Para Ver Antes de Morrer



O Rei Leão
(The Lion King, 1994)


Hamlet para os pequenos



Ainda me recordo com detalhes da primeira oportunidade em que assisti a “O Rei Leão” (The Lion King), produção dos estúdios Disney lançada no ano de 1994 (o do Tetra e lá se vão 18 anos!). Eu não havia assistido à animação nos cinemas, apesar do seu grande sucesso. Com 16 anos, eu estava naquela fase de esnobar animações porque eram “coisa de criança” e, tentando dar uma de “rapaz-cabeça”, também não gostava de valorizar filmes por seu apuro tecnológico. Quem insistiu para que eu visse o longa foi um grande amigo meu (abraço, Hendrick!), o qual sempre o elogiava muito. “Além de imagens muito bonitas, ele tem um estória emocionante”, dizia o meu camarada. Depois de muita insistência, ele me convenceu a assistir em VHS (ainda estávamos longe do DVD, minha gente!), com as imagens ampliadas e som amplificado por meio das parafernálias tecnológicas que o pai dele possuía, contribuindo para alcançar uma sensação próxima à da sala escura. A verdade é que, depois da sessão caseira, fiquei de fato impressionado com a beleza imagética da película e, mais que isso, gostei verdadeiramente da trama narrada, emocionante em vários momentos (“eu não disse que era massa?!”, falou o meu amigo).

Anos depois, já nos tempos de faculdade, tive a oportunidade de ler “Hamlet”, uma das obras-primas de William Shakespeare e de toda a humanidade. Percebi, então, que o filme dirigido por Roger Allers e Rob Minkoff é uma versão para os pequenos do mencionado clássico (com algumas liberdades, claro). Afinal, o leão Mufasa (no original, com a voz marcante de James Earl Jones), rei da savana, é assassinado por seu irmão, Scar (voz inspirada de Jeremy Irons), morte esta presenciada pelo pequeno príncipe Simba (Jonathan Taylor Thomas quando criança e Matthew Broderick quando adulto), filho de Mufasa. Após anos de exílio, quando adota a filosofia de deixar os problemas de lado representada na expressão “Hakuna Matata”, a qual lhe é apresentada pelos novos amigos Timão (voz de Nathan Lane) e Pumba (por Ernie Sabella), Simba não consegue mais fugir de seu destino e retorna para vingar seu pai e retomar o trono que lhe pertence. Ou seja, em linhas gerais, trata-se da mesma trajetória do príncipe da Dinamarca, mesmo que simplificada. Mas esta simplificação não significa que a trama tenha sido idiotizada. Estão lá os elementos imanentes à obra do bardo inglês, como a força da família sobre o indivíduo; a necessidade de uma identidade própria que não o afaste de sua herança e passado; a força inescapável deste passado sobre o presente, entre outras questões que dão pano para manga de teses e mais teses de mestrado ou doutorado. Em contrapartida ao drama, alguns personagens coadjuvantes ganham relevo para atribuir um tom mais leve à narrativa. Além dos citados Timão e Pumba, temos ainda o pássaro Zazu (com impagável voz de Rowan Atkinson), a leoa Nala (Moira Kelly), responsável pelo inevitável romance com o protagonista, e as atrapalhadas hienas asseclas de Scar (uma delas com voz de Whoopi Goldberg).


Por outro lado, é claro que a Disney iria colocar o seu toque para tornar a animação algo inesquecível. E ela conseguiu seu intento, atingindo, inclusive, o público adulto. Afinal, é preciso ter um coração de pedra para não se comover diante da sequência da morte de Mufasa – a Disney, vale lembrar, adora explorar esse tipo de situação, vide a morte da mãe de Bambi no clássico de 1942. Também é praticamente impossível não restar impactado diante de sua fabulosa sequência de abertura, durante a qual somos apresentados tanto ao habitat cenário do enredo, quanto à família real que será o centro do mesmo, numa perfeita solução imagética capaz de situar e embevecer o espectador, preparando-o para o espetáculo que se seguirá. O estúdio utilizou, no caso, uma pioneira técnica de fusão de animação tradicional com recursos digitais que vinha aprimorando desde de “A Pequena Sereia” (The Little Mermaid, 1989) e teve continuidade com “A Bela e a Fera” (Beauty And The Beast, 1991), o primeiro longa de animação a ser indicado (com justiça, diga-se de passagem) ao Oscar de melhor filme. Um processo que ainda continuou com “Alladin” (1992) e que atingiu seu ápice com este “O Rei Leão”.

Com tais recursos, a Disney atingiu um patamar de autêntico deslumbre artístico e que ainda não foi igualado nem mesmo pela Pixar (talvez por esta se valer apenas de recursos digitais), que hoje, vale lembrar, é uma subsidiária do conglomerado da Casa do Mickey. Além do visual, é necessário dar um destaque especial à trilha sonora, cujas canções contaram com a contribuição de um Elton John deveras inspirado, com uma delas levando o prêmio da Academia de melhor canção (“Can You The Love Tonight” acabou por ser tornar um standard na carreira do músico). Frise-se, ademais, que este foi o último grande sucesso do estúdio dentro da sua antiga fórmula para animações, cheias de mensagens edificantes e números musicais entrecortando as ações. Suas tentativas posteriores, como “Pocahontas – O Encontro de Dois Mundos” (Pocahontas, 1995) e “Mulan” (1998) fracassaram diante da nova proposta, mais leve e menos formulaica, trazida pela citada Pixar com seu “Toy Story” (1995).


A despeito de tais fórmulas, “The Lion King” se coloca como um dos grandes momentos de uma das melhores fases dos estúdios Disney, detentor de uma estória de apelo atemporal. Revendo agora em blu-ray, percebi que o filme não chega a ser uma obra-prima, já que sua resolução me soou um tantinho apressada (a película tem apenas 88 minutos e uns 10 minutos a mais seriam bem-vindos) e alguns personagens terminam sendo pouco explorados e mal aproveitados (como a mãe de Simba). Todavia, tais problemas são pequenos diante da força emocional da narrativa e do impacto visual de suas cenas. Não por acaso, quando do relançamento em 3D nas salas dos Estados Unidos, o filme acabou atingindo uma surpreendente arrecadação, chegando mesmo a ocupar o topo das bilheterias. Uma manobra evidentemente comercial que serviria muito mais para divulgar o lançamento do blu-ray no mercado varejista, mas que com certeza deve ter feito muitos pais levarem seus filhos para conhecer essa animação tão cara à memória afetiva de toda uma geração. Sem dúvida, é certo que, diante de tal clássico instatâneo, vários destes pequenos tenham saído das salas de cinema tão empolgados como seus pais um dia saíram...


Cotação:

Nota: 10,0

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Eu Quero Esse Pôster #20

Simplesmente sensacionais os trabalhos do artista sueco Victor Hertz, dono de um estilo minimalista bastante peculiar. Incrível como ele consegue sintetizar toda a memória de um filme com uma economia de traços tão grande. Vejam abaixo.


Se quiser conhecer melhor o trabalho do artista, visite sua página no Flickr.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Quero Ver Novamente #17


Ontem, tivemos a notícia de que "Os Vingadores" (The Avengers) superou todos os recordes em estreias, alcançando a marca de US$ 200 milhões arrecadados nos EUA em apenas três dias (de sexta a domingo). É um bom filme, mas ainda acho que fica a dever no quesito emoção. Talvez isso se deva ao fato de que quase não vemos pessoas "normais" no filme, aqueles cidadãos comuns que precisam ser salvos pelos heróis diante das ameaças. Este, sem dúvida, é um dos fatores que até hoje tornam encantador o "Superman" de Richard Donner. Nele, vemos a reação das pessoas comuns diantes das façanhas do herói, o que traz uma enorme identificação com os espectadores do filme. Sentimo-nos como um daqueles meros fugurantes a aplaudir entusiasmados o atos de bravura do Super-Homem. Além disso, não resta dúvida que este é o mais inspirador de todos os super-heróis. Não por acaso, sua origem lembra muito a de Jesus Cristo, já que Kal-El (o nome verdadeiro do Super-Homem) é enviado à Terra porque seu pai, Jor-El (no filme interpertado por Marlon Brando, que recebeu um cachê milionário por poucos minutos em cena), acredita que ele pode ajudar a humanidade, pois esta última "tem um grande potencial para o bem". Em outras palavras, o mito do Super-Homem é o mito do "salvador". Também ajuda a tornar o filme inesquecível a presença de Christopher Reeve, na minha opinião inigualável na corporificação do personagem, e a fantástica trilha sonora de John Williams, uma das mais inesquecíveis da história do cinema. A sequência abaixo serve para sintetizar todas essas nuances comentadas. Dá vontade de pendurar um lençol vermelho no pescoço e sair por aí "voando" como nos tempos de moleque...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Os Vingadores


Festa nerd



Faço parte da turma que esperava ver há muitos, muitos anos uma aventura dos Vingadores transposta para a tela grande, pois que, desde garoto, acompanhei os quadrinhos do supergrupo da Marvel Comics, formado pelos heróis mais famosos e poderosos do seu time. Por outro lado, a estratégia que os estúdios Marvel vinham utilizando como gancho e divulgação para o projeto já vinha me incomodando desde “Homem de Ferro 2” (Iron Man 2, 2010), pois que todos os seus longas de super-heróis, passando por “Thor” e “Capitão América”, possuíam cenas pós-créditos com “deixas” para a tão falada produção. Algo que no início pareceu interessante, mas que depois resultou apenas aborrecido. Eu sempre pensava com os meus botões: “esse filme terá que ser muito bom para compensar tanta expectativa”. Bem, chegamos a 2012 e, antes que o mundo acabasse, a Marvel lançou, no último dia 27 de abril no circuito internacional (curiosamente antes do mercado estadunidense), com muito estardalhaço, pompa e circunstância em um número gigantesco de salas, “Os Vingadores” (The Avengers). Ao menos aqui em Natal, onde resido, o público presente no primeiro fim de semana foi digno das ambições dos executivos. A sessão a que eu e minha esposa pretendíamos assistir já estava esgotada quando chegamos, nos forçando a esperar mais uma hora para pegar outra que terminou igualmente lotada.

Valeu à pena a espera? A verdade é que, mesmo não sendo um filme perfeito, “O Vingadores” é um ótimo filme de ação, muito bem acabadinho não só para o público nerd (que deverá sair bem satisfeito das salas), como também para aqueles que estejam à procura de um filme-pipoca no fim de semana. Embora pouco experiente em produções voltadas para o cinema, o diretor Joss Whedon soube trabalhar muito bem todos os arcos dramáticos, atribuindo destaque a todos os personagens em igual medida – ao contrário do que se temia, pois que muitos imaginavam que, devido à sua popularidade, o Homem de Ferro acabasse roubando a cena e o espaço dos demais. Na realidade, a larga experiência de Whedon na TV, em séries como “Buffy – A Caça-Vampiros” e “Angel”, contribuiu e muito para o sucesso em mostrar tantos personagens com equilíbrio e sem confundir o espectador, já que na televisão é essencial trabalhar desta forma. Mesmo diante de um tempo bem mais escasso, reduzido a 140 minutos, Whedon é feliz no intento, muito embora o roteiro se mostre arrastado em seu princípio, demorando a engatar e em alguns momentos se perdendo em diálogos dispensáveis explicativos da pseudo-ciência comumente presente nas HQs da Marvel.


Na trama, o irmão adotivo de Thor, Loki (Tom Hiddleston, muito à vontade), planeja uma invasão à Terra juntamente com a raça alienígena dos Chitauri. Para tanto, eles usarão um cubo energético denominado Tesseract (o “MacGuffin” do enredo), capaz de abrir um portal entre partes remotas do universo que possibilite a invasão. Para tentar impedir os intentos do deus da trapaça, Nick Fury (Samuel L. Jackson, hoje em dia uma espécie de coadjuvante de luxo em filmes de ação), diretor da agência de espionagem SHIELD, irá recrutar, com a ajuda do agente Coulson (Clark Gregg, sendo este um tipo criado especialmente para o cinema), um grupo de super-humanos que incluirá além do Homem de Ferro (Robert Downey Jr, na sua caracterização costumeiramente impagável), também o poderoso Thor (Chris Hemsworth, que considerei melhor no filme solo do deus do trovão), o Capitão América (Chris Evans, hoje muito mais “Capitão” do que “Tocha Humana”) e o Dr. Bruce Banner/Hulk (o sempre ótimo Mark Ruffalo, aqui atribuindo uma aura bem simpática ao perturbado cientista). À parte estes heróis, que já haviam sido apresentados ao público em seus próprios longas solo, somos apresentados à Viúva Negra (Scarlett Johansson, cada vez mais bonita) e ao Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), muito embora este tenha participado de uma ponta em “Thor” (2011).

O roteiro, escrito pelo próprio Whedon juntamente com Zak Penn, desenvolve-se daquela forma previsível em que um grupo enfrenta conflitos de egos e personalidades até que seus integrantes resolvem deixar as diferenças de lado em prol de um objetivo maior. Como já frisado mais acima, a primeira metade da produção transcorre um tanto arrastada, por vez até mesmo aborrecida, sendo compensada por diálogos inteligentes e boa dose de humor - principalmente quando Tony Stark e Bruce Banner estão em cena - além da boa e equilibrada abordagem de cada um dos superseres anteriormente mencionada . Entretanto, a previsibilidade e lentidão iniciais são compensadas, ao final, com um clímax estupendo, onde Whedon nos dá um show de direção em sequências de ação, sabendo mostrar várias tomadas paralelas sem confundir o espectador (viu, Michael Bay?) e fazendo com que torçamos pelos super-heróis como em nenhum outro filme da Marvel Studios. Algumas cenas realmente já se tornaram clássicas, como a que Hulk “esmaga” Loki (na sala em que assistimos, o público veio abaixo em gargalhadas, eu incluso) ou a que o Capitão América dá ordens aos policiais na ruas de uma Nova York destruída (nem a verdadeira destruição da cidade no 11 de setembro fez com que os norte-americanos passassem a poupar a Big Apple nas telas). Todavia, quem rouba mesmo a cena é o Hulk. O gigante verde, que havia deixado a desejar em suas aventuras solo, aqui não apenas diverte com tiradas espirituosas como empolga com sua força descomunal. Pena que o roteiro peque justamente na abordagem do seu comportamento, ora totalmente descontrolado, ora dirigido ao confronto contra os adversários certos, o que fez surgir teorias na internet que na verdade apenas ratificam a falha dos escritores em deixar claro o porquê de suas motivações.

Mesmo não chegando ao nível de um “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (The Dark Knight, 2008), com sua abordagem adulta e cunho autoral imprimidos por Christopher Nolan, “Os Vingadores” cumpre muito bem seu papel de filme de aventura para as massas e eu, como leitor antigo das HQs, me senti respeitado e mesmo homenageado na figura do nerd agente Coulson. Diante da bilheteria arrasadora que a produção vem obtendo (teve a maior renda de estreia no Brasil em todos os tempos, só para citar um exemplo), não é preciso ser adivinho para prever que teremos logo, logo uma continuação e a Disney (que comprou a Marvel) deve estar festejando os números depois do recente fracasso de “John Carter”. Uma festa nerd que ainda renderá próximos capítulos, sem dúvida.


Cotação:
Nota: 8,5