Esse Veneza 2009 está um barato. Há muito tempo não havia um festival tão divertido. Depois da presença de Hugo Chávez no tapete vermelho, comparecendo à exibição do documentário de Oliver Stone "South Of The Border" (que é sobre o próprio Chávez, ao que parece um tanto "maquiado" por Stone em sua ânsia de criticar a política externa dos EUA; não sou daqueles que enxergam Chaves como uma espécie de besta do Apocalipse, mas daí a colocá-lo como "herói" já vão outros quinhentos...), ontem a coisa caiu mesmo na palhaçada durante a entrevista coletiva de atores (George Clooney e Ewan McGregor) e diretor (Grant Heslov) do filme "The Men Who Stare The Goats". Tudo começou com uma repórter espanhola dizendo que amava George Clooney e perguntando quando iria se casar.“Fico feliz que você tenha me perguntado isso, porque em 20 anos de carreira nunca me fizeram essa pergunta”, respondeu Clooney. Um outro jornalista apoveitou a deixa e indagou sobre os rumores de que ele seria gay. Pra completar o quadro, terminando a coletiva-circo, um repórter da televisão italiana fez um verdadeiro espetáculo dizendo para o ator “escolhê-lo" enquanto tirava toda a roupa, ficando só de cueca e gravata. “É tão terrível quando alguém tenta uma piada que não tem graça nenhuma, é muito constrangedor. Mas boa tentativa. A gravata está bonita”, tentou brincar o ator que atiça os sonhos da ala feminina do mundo (e, ao que parece, também da ala gay). O repórter-palhaço teve sua credencial apreendida. Pior mesmo é ver um cara feio desses quase pelado. Fosse alguma repórter sinuosa, estaria perdoada a sua indiscrição.
Em tempo: Michael Moore foi ovacionado com seu "Capitalism: A Love Story", em uma sessão completamente lotada. Será que leva O Leão de Ouro dessa vez, assim como levou a Palma de Ouro por "Farenheit 11 de Setembro"? Moore é panfletário, mas quem disse que documentários têm que ser "neutros"? Afinal, o outro lado moeda já vemos todos os dias na TV.
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