quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

80 anos de François Truffaut

François Truffaut e Alfred Hitchcock, um verdadeiro encontro antológico


Se fosse vivo, François Truffaut, um dos mais amados cineastas de todos os tempos, teria completado, no último dia 06 de fevereiro, 80 anos de vida. Talvez Truffaut seja o símbolo máximo da cinefilia, possivelmente o maior de todos os amantes do cinema, um ex-delinquente de rua que foi literalmente salvo pela arte. Foi pelo seu amor ao cinema que ele passou a frequentar cineclubes (chegando até a praticar furtos para mantê-los) e daí foi parar na lendária revista “Cahiers Du Cinéma”, de onde mais tarde saltaria da condição de crítico brilhante para a de diretor genial. Na referida publicação, ele conheceu outros jovens em ebulição, como um certo Jean-Luc Godard e um tal de Eric Rohmer, o quais, juntos, conceberam uma nova forma de materializar a Sétima Arte que seria chamada de Nouvelle Vague (“Nova Onda”, em francês), baseada no que se convencionou chamar de “Teoria do Autor”. Entretanto, nenhum dos diretores do movimento foi tão querido por público, críticos e cinéfilos quanto Truffaut. Seus filmes, repletos de ternura, batem antes no coração do que na razão e, desta forma, é inevitável se tornar seu fã.

Uma de suas obras mais conhecidas é “Os Incompreendidos” (Le Quatre Cents Coups, 1959), filme que se tornou um símbolo da Nouvelle Vague, obrigatório para qualquer pessoa que queira conhecer o cinema. O melhor cinema, é bom sublinhar. Com forte teor autobiográfico, o longa trata da vida errante do garoto Antoine Doinel, personagem que retornaria à filmografia de Truffaut em outras quatro ocasiões, sempre interpretado pelo mesmo ator, o ícone da Nouvelle Vague Jean-Pierre Léaud. Abaixo, segue a sequência mais lembrada do longa e, por tabela, uma das mais famosas da história da Sétima Arte. A corrida sem rumo de Doinel sinalizava que o cinema estava para desbravar novos caminhos, sem saber ao certo para onde iria, mas com certeza se afastando do antigo e buscando outras maneiras de enxergar a vida e a arte. Era só o início de uma revolução.





Confira também a resenha do "Cinema Com Pimenta" para "Beijos Proibidos" (outro dos longas com Antoine Doinel) clicando aqui.
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3 comentários:

Maxwell Soares disse...

Olá, Fábio. Acredite: nunca vi um filme de Truffaut. Quando você diz que "Os Incompreendidos" é um símbolo da Nouvelle Vague e que, por sua vez, é obrigatório para todo que deseja conhecer o cinema.Levarei, sim , em consideração. Irei sim, vê-lo. Valeu, companheiro. Um abraço...

Fábio Henrique Carmo disse...

Maxwell, então procure ver o quanto antes. Truffaut merece ser reverenciado por todos aqueles que gostam da Sétima Arte. Sugiro começar por "Os Incompreendidos" e "Beijos Proibidos".Abraço!

ANTONIO NAHUD disse...

Truffaut faz falta...

O Falcão Maltês