Mas, à parte todas as questões de mercado que já estão sendo debatidas amplamente em toda mídia impressa, falada, vista e digitada, vou fincar aqui uma opinião: eu não quero ver o Homem-Aranha encontrando com o Superpateta. Nem o Hulk megulhando na piscina de dinheiro do Tio Patinhas. Aprecio muito os dois universos, mas não vamos casar peixe com galinha, ok? Nada de Donald e Wolverine juntos. E ponto final.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Disvel
Mas, à parte todas as questões de mercado que já estão sendo debatidas amplamente em toda mídia impressa, falada, vista e digitada, vou fincar aqui uma opinião: eu não quero ver o Homem-Aranha encontrando com o Superpateta. Nem o Hulk megulhando na piscina de dinheiro do Tio Patinhas. Aprecio muito os dois universos, mas não vamos casar peixe com galinha, ok? Nada de Donald e Wolverine juntos. E ponto final.
sábado, 29 de agosto de 2009
Remake de Fellini

A imagem acima foi liberada esta semana e o longa terá sua estreia nos EUA em novembro, período bem propício para filmes que almejam indicações ao Oscar. No Brasil, a estreia está agendada para 15 de janeiro. Só um comentário: refilmar Fellini? Ai, meu Deus...
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Trilha Sonora #7
domingo, 23 de agosto de 2009
Se Beber, Não Case!
Durante os últimos anos, as comédias mais voltadas para o público feminino vinham dominando o mercado cinematográfico. Os rapazes eram obrigados sempre a acompanhar suas esposas/namoradas/amigas às seções de filmes como “A Proposta”, “P.S. Eu Te Amo”, “Como Perder Um Homem Em 10 Dias”, além de outros exemplares do gênero. Nada em especial contra as comédias românticas. Apesar de ser um gênero extremamente previsível, mesmo o maior dos machões tem alguma “CR” que lhe deixou boas lembranças. Mas a verdade é que o cinema estava precisando dar uma respirada, trazer novos ares para as produções voltadas para o riso. E, aparentemente, o cenário parece estar mudando. Aqui mesmo, no Brasil, tivemos o exemplo recente de “A Mulher Invisível” que é uma comédia romântica, sim, mas com um olhar masculino. E a tendência da comédia visando o público marmanjo parece adquirir contornos mundiais com este “Se Beber, Não Case!”, um enorme sucesso nos Estados Unidos (já arrecadou cerca de US$ 270 milhões) e que tem tudo também para arrebentar nas bilheterias por onde passar.
Talvez esta seja uma das comédias americanas mais inconsequentes e politicamente incorretas desde “Quanto Mais Quente Melhor”, clássico absoluto de Billy Wilder, o qual, ao seu tempo, exerceu um papel transgressor similar a este “The Hangover” (ressaca, em inglês), inclusive sendo semelhantes na sua estrutura narrativa onde os eventos se sucedem de forma descontrolada (a famosa comédia de erros). Não que eu esteja querendo comparar Todd Phillips, diretor em geral medíocre, com o genial Billy Wilder. Por sinal, é bom ressaltar, “Se Bebe, Não Case!” apresenta um desfecho conservador que contrasta com o final escrachado e genial que Wilder deu ao seu longa de 1959. Mas é certo também que representa um novo ar de transgressão que estava escasso durante os moralistas anos Bush.
Outras semelhanças são observadas com o clássico oitentista “Curtindo a Vida Adoidado”, só que, aqui, as aventuras adolescentes são substituídas pelas de homens adultos, que estão deixando a liberdade da vida de solteiros para adentrar na estabilidade do casamento. Assim, o matar a aula é substituído pela despedida de solteiro, espécie de rito de passagem existente no mundo masculino (há até uma sub-trama relativa a um carro que vai lembrar muito a Ferrari do filme de John Hughes). E é esse o ponto de partida para uma trama que mostra quatro homens neste tal rito de passagem em Las Vegas, capital americana conhecida como “cidade do pecado” (sin city), local onde tudo é permitido e todos os excessos lá cometidos são perdoados e esquecidos. “O que se faz em Vegas, fica em Vegas”, diz o bordão que é repetido algumas vezes ao longo do filme. Estão lá Doug (o noivo, interpretado por Justin Bartha), os seus melhores amigos Stu (Ed Helms) e Phil (Bradley Cooper), além de Alan, seu cunhado (Zach Galifianakis), prontos para uma noitada que deveria ser inesquecível. Deveria, mas não é o que sucede. No dia seguinte, três deles acordam em uma suíte de hotel devastada, com uma galinha e um tigre lhes fazendo companhia (isso mesmo, um tigre), um bebê no armário e, pra completar, o noivo Doug está sumido. Pior ainda, eles não se lembram de nada que aconteceu. E terão que descobrir logo o paradeiro de Doug, já que o casamento está marcado para o dia seguinte.
Talvez a grande sacada do roteiro seja misturar a comédia com uma trama quase policial de mistério. A estrutura da narrativa deixa o espectador na mesma situação dos protagonistas. Não sabemos de nada do que aconteceu e também vamos descobrindo aos poucos os fatos que conduziram àquela situação quase surreal do início da projeção (a cena do tigre no banheiro me fez lembrar, inclusive, “Max e os Felinos”, obra de Moacyr Scliar onde um viajante se depara com um jaguar dentro de um bote salva-vidas no meio do oceano). Uma bem vinda originalidade nessa pasmaceira que vem se tornando Hollywood. E as peripécias são tantas que envolvem um casamento com uma prostituta, uma confusão com a máfia local a até uma participação de Mike Tyson nas diabruras da trupe (isso mesmo: Myke Tyson...). Vale dar um aviso: o filme tem um humor ácido e bastante politicamente incorreto, direcionado realmente para um público adulto. Mas, diferentemente dos toscos longas de Sacha Baron Cohen (“Borat” e o recente “Brüno”), “Se Beber, Não Case!” dá uma aula de como fazer qualquer público rir mesmo ao mostrar as situações mais descabidas e indiscretas.
E isso, com certeza, também se deve muito às atuações. Todo o elenco está afiado, mas o destaque especial vai para Ed Helms, com seu impagável e manicaca dentista Stu e, principalmente, Zach Galifianakis, que fez do cunhado Alan um tipo completamente insano ao mesmo tempo que bastante carismático. Há ainda diversas referências a outros longas (os três amigos cuidando do bebê me fizeram lembrar imediatamente de “Três Solteirões e um Bebê”), além de uma trilha sonora muito bem adequada, com direito até a uma espécie de “ode ao Doug”.
A maioria das mulheres pode reclamar um pouco de que quase todas as personagens femininas do longa são mostradas como manipuladoras ou autênticas megeras (como a noiva de Stu) e de que a única garota legal é justamente a prostituta (a lindinha Heather Graham, muito embora eu não considere a noiva de Doug exatamente uma chata: ela não tem ataques de possessividade, quer apenas que o noivo compareça à cerimônia). Mas perdoem, garotas. Às vezes, é bom ver os fatos por outras perspectivas, não? E, embora algumas piadas surjam um pouco forçadas em certos momentos, “Se Beber, Não Case!” é um filme de muitos acertos e poucos erros.E mesmo com seu final um tanto “tradicional”, por assim dizer (como já mencionado mais acima), ainda arranja espaço para a anarquia durante os créditos, bastante criativos e que elucidam muito do que aconteceu na tal noite inesquecível-esquecida. A transgressão está definitivamente de volta às telas.
Cotação: * * * * ½ (quatro estrelas e meia)
Nota: 9,5
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Avatar - Trailer
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
"We all live in a Yellow Submarine"
Cidade de Deus entres os melhores do IMDB
1. "O Cavaleiro das trevas" (2008)
2. "O senhor dos anéis: O retorno do rei" (2003)
3. "Cidade de Deus" (2002)
4. "O senhor dos anéis: A sociedade do anel" (2001)
5. "Up - Altas aventuras" (2009)
6. "Amnésia" (2000)
7. "O senhor dos anéis: As duas torres" (2002)
8. "Wall-e" (2008)
9. "O fabuloso destino de Amélie Poulain (2001)
10. "Os infiltrados" (2006)
11. "A vida dos outros" (2006)
12. "O pianista" (2002)
13. "A viagem de Chihiro" (2001)
14. "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" (2004)
15. "Réquiem para um sonho" (2000)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Os 50 melhores da Segunda Guerra
E eis que o site britânico "Time Out" (como uma forma de também divulgar a estreia de "Bastardos Inglórios" por lá) realizou uma seleção com os 50 melhores filmes deste subgênero. Uma lista quase irretocável, a começar pelo primeiro colocado, "Vá e Veja", de Elem Klimov. Observem também os comentários de Tarantino para alguns filmes da lista. O site é em inglês (obviamente), mas faça um esforço e confira.
domingo, 16 de agosto de 2009
Era uma vez um festival...
Júri oficial – Kikito
Longa-metragem brasileiro
Melhor filme: “Corumbiara”, de Vincent Carelli
Prêmio especial do júri: “Em Teu Nome”, de Paulo Nascimento
Melhor diretor: Vicent Carelli, “Corumbiara”, e Paulo Nascimento, “Em Teu Nome”
Melhor ator: Leonardo Machado, “Em Teu Nome”
Melhor atriz: Vivianne Pasmanter, “Quase um Tango...”
Melhor roteiro: Sérgio Silva, “Quase um Tango...”
Melhor fotografia: Kátia Coelho, “Corpos Celestes”
Longa-metragem latino
Melhor filme: “A Teta Assustada”
Prêmio especial do júri: “La Próxima Estación”, de Fernando Solanas
Melhor diretor: Claudia Llosa, “A Teta Assustada”
Melhor ator: Horacio Camandule, “Gigante”, e Matías Maldonado, “Nochebuena”
Melhor atriz: Magaly Solier, “A Teta Assustada”
Melhor roteiro: Adrian Biniez, “Gigante”
Melhor fotografia: Guillermo Nieto, “Lluvia”
Curta-metragem brasileiro
Melhor filme: “Teresa”, de Paula Szutan e Renata Terra
Prêmio especial do júri: “Olhos de Ressaca”, de Petra Costa
Melhor diretor: Paula Szutan e Renata Terra, “Teresa”
Melhor ator: Miguel Ramos, “A Invasão do Alegrete”
Melhor atriz: Juliana Carneiro da Cunha, “O Teu Sorriso”
Melhor roteiro: Davi Pires e Diego Müller, “A Invasão do Alegrete”
Melhor fotografia: André Luiz de Luiz, “Ernesto no País do Futebol”
Prêmio do Júri Popular
Melhor longa-metragem brasileiro: “Corumbiara”, de Vincent Carelli
Melhor longa-metragem latino: “Lluvia”, de Paula Hernández
Melhor curta-metragem: “Josué e o Pé de Macaxeira”, de Diogo Viegas
Prêmio da Crítica
Melhor longa-metragem brasileiro: “Canção de Baal”, de Helena Ignez
Melhor longa-metragem latino: “Gigante”, de Adrian Biniez
Melhor curta-metragem brasileiro: “O Teu Sorriso”, de Pedro Freire
Prêmio Canal Brasil de aquisição: “O Teu Sorriso”, de Pedro Freire
Troféu Cidade de Gramado
Longa-metragem brasileiro
Melhor filme (júri dos estudantes de cinema): “Corumbiara”, de Vincent Carelli
Melhor trilha musical: André Trento e Renato Muller, “Em Teu Nome”
Melhor montagem: Mari Corrêa, “Corumbiara”
Melhor direção de arte: Fábio Delduque, “Canção de Baal”
Longa-metragem estrangeiro (júri dos estudantes de cinema): “A Teta Assustada”
Curta-metragem brasileiro
Melhor filme (júri dos estudantes de cinema): “Olhos de Ressaca”, de Petra Costa
Melhor trilha musical: Leonardo Mendes, “Josué e o Pé de Macaxeira”
Melhor montagem: Gustavo Ribeiro, “Teresa”
Melhor direção de arte: Diogo Viegas, “Josué e o Pé de Macaxeira”
sábado, 15 de agosto de 2009
Arraste-me Para O Inferno
Já havia bastante tempo que eu não assistia a um dos longas de terror de Sam Raimi, um dos grandes mestres deste gênero que é tido por muitos como “menor”(sem razão, diga-se de passagem). Mesmo a trilogia “Evil Dead” (ou “Uma Noite Alucinante”, como também é conhecida no Brasil) já se encontra um tanto apagada da minha memória (apesar de ter visto várias vezes o seu primeiro epísódio), o que dificulta um pouco observar, com um rigor mais crítico, o retorno de Raimi ao gênero depois de anos a fio dedicados exclusivamente à trilogia de um certo herói aracnídeo (ah, eu não vi “O Dom da Premonição”, de 2000, seu último longa de horror). Entretanto, a ausência de uma memória recente relativa ao tipo de trabalho que gerou a fama de Raimi também abre espaço para uma avaliação mais espontânea e livre de amarras.
A verdade é que Raimi retornou em grande estilo, realizando uma espécie de trem-fantasma vertiginoso com sustos para fazer qualquer um pular da cadeira quase que a cada minuto da projeção. Não faltam gosmas, imagens horrorosas, gente possuída, cenas de horror escatológico e mesmo humor, ou seja, tudo que lembra os clássicos do diretor, mesmo que você não tenha, tal como eu, uma lembrança viva de seus longas de horror. Se você tem coração fraco, problemas gástricos, alergia a gosmas e insetos, ou qualquer outro problema de saúde que lhe deixe suscetível a fortes emoções ou imagens horripilantes, é melhor não pegar a sessão de “Drag Me To Hell” (se for à noite, então...).
Um dado interessante é que Raimi é um péssimo espectador para filmes de horror. Ele mesmo diz que morre de medo e que, apesar de gostar muito do filme, não pretende ver uma segunda vez “Os Outros” nem tão cedo. Talvez seja exatamente por isso que ele consiga levar o público tão facilmente ao susto e que também lembre de fazer o espectador respirar com a inserção de um humor impagável em cenas trash-comédia que ajudam a aliviar a tensão. Tal fórmula, um dos segredos do sucesso de “Evil Dead”, é de novo implementada nesse novo longa.
A trama, como sempre, é básica. Alison Lohman (uma verdadeira rainha do grito) interpreta Chistine Brown, uma funcionária de banco responsável por financiamentos de imóveis que, no momento, objetiva uma promoção na carreira (creio que a atividade profissional dela não é por acaso...). Um belo dia, uma velha horrorosa com cara de bruxa (Lorna Raver) vai lhe pedir uma extensão de prazo para pagamento da hipoteca de sua casa. Dando uma de durona para impressionar o chefe, ela nega o financiamento, o que leva a velha bruxa a lhe rogar uma maldição: após três dias de tormento, a menina ambiciosa será levada ao inferno pelo demônio Lâmia. Ajudada pelo namorado (Justin Long), Chistine busca de todas as formas evitar a sua passagem para o reino do tinhoso, que lhe levará a peripécias várias que culminam em uma sequência no cemitério que já está fadada a se tornar clássica, tendo levado duas semanas de filmagens para ser concluída (Lohman teve reações alérgicas à lama artificial empregada, a qual acabou sendo substituída por um composto orgânico que,segundo ela, até fez bem à sua pele).
Percebe-se, pela síntese, que Raimi vale-se de elementos arquetípicos das histórias de horror. Estão lá a bruxa, a maldição, os demônios, os feitiços para tentar quebrar os feitiços, a mocinha que grita. Está também presente o caráter de punição que se tornou comum nos slasher movies (aqueles filmes de serial killers como “Sexta-feira 13”), substituindo apenas o pecado da luxúria pelo da ganância. Entretanto, mesmo utilizando tais elementos já tão manjados (para não dizer clichês), o horror flui com extrema eficiência. Afinal, o terror brinca com medos inerentes à condição humana: a morte, o desconhecido, o porquê de estarmos aqui, a eterna pergunta de se esta é ou não é a única realidade existente. E é por isso que tais elementos, embora possam, às vezes, soar repetitivos, jamais se tornarão ultrapassados.
Raimi sabe disso. E mostra que ele também não ficou ultrapassado, sendo capaz de provocar grandes sustos mesmo nos cético público do século XXI. Sem fugir de sua origem (por vezes temos a impressão é de estarmos vendo um autêntico filme B), o diretor mostra que ainda é capaz de obter qualidade fora dos blockbusters aracnídeos. Esse “Arraste-me...” foi realmente um ótimo exercício para manter a velha forma, além de cativar novos adeptos. Só lembre de uma coisa: evite pegar aquela última sessão, ok? Ou, então, arrisque-se a perder o sono...Quem avisa amigo é!
Cotação: * * * * (quatro estrelas)
Nota: 9,0
Obs: A trilha sonora dos créditos finais havia sido composta para o “O Exorcista”, mas seu diretor William Friedkin não gostou e descartou.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Musas do Escurinho #8
Aproveitando a onda "G.I. Joe", aí vai uma foto da Sienna Miller, vestida para matar em sessão de fotos promocionais do longa. Delícia!
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
G.I. Joe - A Origem de Cobra
É só uma brincadeira...
Pois bem, nessa nova onda de “adaptações” de brinquedos para as telonas (por mais estranho que possa ser a ideia de adaptar um brinquedo para o cinema), eis que Hollywood nos apresenta este “G.I. Joe – A Origem de Cobra”, o qual chega na esteira do super-sucesso “Transformers: A Vingança dos Derrotados”, até agora a maior bilheteria do ano (e dificilmente será batido). A verdade é que a expectativa era das piores, já que, em algumas exibições de teste junto ao público este não demonstrou empolgação. Os trailers, por sua vez, também não prometiam nada de excepcional e a impressão geral só piorou depois que a Paramount cancelou as cabines para a imprensa americana, normalmente um péssimo indicativo que demonstra a dúvida que o estúdio possui com relação à qualidade do seu produto. Entretanto, diante da fraquíssima safra dos blockbusters em 2009, até que esse “G.I. Joe” não se sai de forma tão horripilante. Apesar da trama acéfala, tem boas sequências de ação. Aliás, ação é o que não falta no filme. Explicando melhor ainda: ação é praticamente tudo que o filme tem a mostrar. Mas é bom lembrar: nem por isso o longa deixa de ser tosco. Ele apenas consegue ser divertidamente ruim.
Isso porque existe quase que apensas um fiapo de roteiro pensado para mostrar as cenas de ação, além das curvas das belas Sienna Miller e Rachel Nichols. A precariedade das ideias é tamanha que os roteiristas Stuart Beattie, David Elliot e Paul Lovett conseguiram até misturar elementos do clássico “O Homem da Máscara de Ferro” com outros que lembram “20.000 Léguas Submarinas” (ou seria Aquaman? Ou, ainda, os quadrinhos do Príncipe Namor? Bem, tanto faz...). Entretanto, até soou boa a iniciativa de mostrar o passado de motivações de quase todos os personagens da trama, muito embora isso seja feito de forma absolutamente sofrível. Só para se ter uma noção da falta de noção das tramas elaboradas, o personagem de Snake Eyes (lembram daquele boneco de máscara e corpo inteiramente negros? Pronto, é ele) não fala absolutamente nada no longa inteiro porque no passado seu mestre ninja (ou sei lá o que) foi assassinado por um garoto que rivalizava as suas atenções com o próprio Snake. Clichê mais batido impossível e, pior ainda, desenvolvido de forma horrorosa, com diálogos pífios.
Diálogos tenebrosos, é bom ressaltar, estão impregnados em toda narrativa, com um elenco que não ajuda muito (à exceção de Dennis Quaid e Sienna, todo o restante do elenco é bem classe B). Scarllet (personagem da bela Rachel Nichols, já mencionada acima) é dona das maiores pérolas do filme. Coisas como “meu pai me ensinou a nunca perder” servem pra mostrar o porquê de seu estilo power fêmea, além de outras pérolas como “não devemos nos deixar dominar pelas emoções”. A Ana Baronesa da Sienna Miller sofre menos com as falas, mas isso também não quer dizer que haja muita inteligência em suas palavras. Pelo menos, Sienna tem muita presença de tela e deve ter sido alertada para não ficar com a boca sempre entreaberta, elemento mais marcante das interpretações de Megan Fox em “Transformers”. A tal baronesa funciona também como catalisadora da testosterona de quase todo o elenco masculino da produção. O único que não tem os quatro pneus arriados por ela é o personagem de Ripcord (personagem do pseudo-comediante Marlon Wayans), o qual é afim da Scarlett.
Mas o longa consegue se salvar quando passa das palavras para a ação. O diretor Stephen Sommers já tinha demonstrado esse talento no primeiro episódio de “A Múmia” (sem querer comparar os dois filmes, já que “A Múmia” é bem melhor) e aqui deixa claro mais uma vez que pelo menos do lado aventureiro ele consegue dar conta do recado. Algumas sequências são mesmo empolgantes, principalmente a da perseguição nas ruas de Paris, que culmina com a queda da Torre Eiffel (já que perderam as torres gêmeas, os americanos agora resolveram colocar abaixo as torres dos outros), embora nem todos os efeitos especiais sejam convincentes. O CGI é pesado em algumas cenas. Contudo, isso também não é novidade nos filmes de Sommers (na série “A Múmia” os efeitos também se fazem sentir em certos momentos).
Ou seja, vá assistir se você não estiver com vontade de pensar e quiser curtir uma história que poderia ser elaborada por você mesmo e seus amigos lá nos seus 8 ou 9 anos, quando imaginava as aventuras dos seus bonecos dos Comandos em Ação (ou do Falcon). Por sinal, talvez seja este mesmo os espírito do longa: uma grande brincadeira para garotos de 8 ou 9 anos passarem o tempo. Se conseguir convencer sua namorada a assistir “G.I. Joe” (já que, se você que está lendo essa resenha for mulher, dificilmente vai querer assistir a esta produção de livre espontânea vontade), parabéns e divirta-se depois de desligar o botão da racionalidade no seu cérebro e deixar aceso apenas o do apreço por cenas de ação e curvas femininas. É só.
Classificação: * * 1/2(duas estrelas e meia)
Nota: 5,0.
Obs: O filme estreou em primeiro lugar neste fim de semana nos EUA e no mundo, com mais de 100 milhões de dólares já arrecadados, uma das maiores estreias para o mês de agosto. Ainda vamos ter que aturar a Hasbro por um bom tempo, ao que tudo indica...
Obs 2: Optei por colocar esse pôster com a Rachel Nichols em destaque para, de repente, gerar uma aumento no número de acessos ao blog. Afinal, as fotos da Megan Fox geraram bons frutos...
domingo, 9 de agosto de 2009
"Nowhere Boy" já tem pré-estreia definida
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Save Hughes!

Pois bem, hoje faleceu o diretor, roteirista e produtor John Hughes, o rei das comédias adolescentes dos anos 80. Ele estava com 59 anos e sofreu um enfarte em Nova York, durante uma caminhada, deixando esposa, dois filhos e quatro netos. Quem viveu os anos 80 com certeza terá sempre um lugarzinho guardado na memória para suas produções. Afinal, quem, pelo menos uma vez na vida, não quis ser o próprio Ferris Bueller?
Save Ferris! Save Hughes!
Dica para uma reflexão
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Trilha Sonora #6
Obs. Tiraram o Mp3 Tube (ou Yeahplay!, como queiram) do ar! Que absurdo! Mas já vamos encontrando as alternativas!
domingo, 2 de agosto de 2009
A volta do Titanic
Obs. De quebra, esse post acabou se transformando em mais uma edição da série "Eu Quero Esse Pôster". ;=)